Salmo 139: A Onisciência, Onipresença e Onipotência de Deus

Introdução: 

Às vezes eu brinco de pique-pega com o Davi em casa. Nossa casa é pequena. Damos a volta nela toda. Corremos pela sala, varanda, quartos, corredor. Davi ainda não consegue correr mais rápido que eu, é só uma questão de tempo. Mas eu dou volta nele. 

Contexto: Salmo de Davi 

Diz respeito a Deus, mas em seu relacionamento conosco. 50 vezes temos o pronome na primeira pessoa do singular. Trata da grandiosidade de Deus em relação à Davi. Eu, meu, minha, me. 

1. Onisciência de Deus (vs. 1-6)

Ele sabe 

Deus é infinito em relação ao conhecimento. Não existe nada que Deus não saiba. Mais do que isso, qualquer fonte de conhecimento veio dele. Ele não conhece por presciência ou porque aprendeu. Deus sabe todas as coisas porque todas as coisas foram criadas por ele. Se há conhecimento no mundo, isso veio dele. Se um homem descobre a cura para o câncer, ele o faz dentro do universo criado pelo Senhor. Podemos aprender várias línguas, porém Deus é quem criou a fala.  (Salmos 139-1-4).

O salmo usa as palavras conhecer, perceber, saber, conhecimento. A chave aqui é a palavra conhecimento. 

1. Onisciência no tempo (vs. 1, 2)

Se nós não conseguimos sondar e conhecer plenamente a nós mesmos, Deus nos sonda e nos conhece (v. 1). 

Ele conhece todos os nossos movimentos, ou seja, quando nos assentamos e levantamos (v. 2). Conhece até mesmo os nossos pensamentos (v. 2).

• Onisciência no espaço (vs. 3, 4) 

Deus vai além. Ele esquadrinha o nosso andar e o nosso deitar. Na verdade, ele conhece todos os nossos caminhos (v. 3). 

Deus conhece todas as nossas palavras, mesmo antes de nós as proferirmos (v. 4). 

• Estamos cercados por ele (vs. 5-6) 

Tu me cercas não dá a ideia de proteção, mas de mesmo não querendo, ele está ali. Como a presença de um pai que está perto do filho o vigiando para que não se machuque ou faça algo que não deveria. 

Por trás e por diante (eixo horizontal). Pões a mão dá a ideia de poder, pertencimento a ele. Sua mão pode nos esmagar ou nos proteger, mas somos dele. 

O vs. 6 dá a ideia do eixo vertical. Tal conhecimento é elevado, está além do alcance. Sagab (inacessivelmente alto). É usado em termos militares para dar conotação de invencibilidade. 

Enquanto somos cercados por Deus, nós não o alcançamos. 

Nos seis primeiros versículos o salmista nos apresenta o Deus onisciente. Ele começa sua oração dizendo que o Senhor é Aquele que o sonda e o conhece. Sondar nesse texto transmite a ideia de “cavar”, “penetrar” ou “alcançar o mais profundo”.

Ao dizer: “Senhor, tu me sondas e me conheces”; o salmista declara que Deus sabe mais sobre sua vida do que ele próprio. Ele reconhece que o conhecimento de Deus vai ao mais profundo de seu ser, onde nem mesmo ele é capaz de ir.

A partir do verso 2, o salmista fala sobre como Deus conhece cada momento do seu cotidiano. Mas o salmista vai ainda mais além. Ele declara que Deus percebe de longe os seus pensamentos.

O pai não conhece o pensamento do filho; o filho não conhece o pensamento do pai. O marido não conhece o pensamento da esposa, e nem a esposa o pensamento do marido, por mais que se amem. Mas Deus conhece os nossos pensamentos.

Acredita-se que cerca de dez mil pensamentos são formulados diariamente em nossa mente. Muitos desses pensamentos ocorrem num grau que nem mesmo nós percebemos conscientemente. Isso significa que Deus conhece os pensamentos que nem mesmo nós conhecemos. Por isto o salmista diz que Deus também conhece cada uma de nossas palavras, antes de elas chegarem à nossa língua.

BBB – estão sendo vistos o tempo todo. Alguns são cancelados, às vezes se esquecem das câmeras. 

A onisciência de Jesus 

Ele sabe tudo, Ele sabe tudo de mim. 

• Onipresença de Deus (vs. 7-12) 

Ele está 

Deus infinito em relação ao espaço. Não é que Deus esteja em todos os lugares, isso pode nos passar a ideia de que os lugares são maiores do que Deus. Ele é muito maior do que todo o universo. Então podemos dizer que todos os lugares estão diante dele. Não existe um centímetro do universo criado que não esteja diante da sua face.  (Salmos 139.7-10).

Agora, muda-se as palavras relacionadas a conhecimento para usar palavras relacionadas a espaço: onde, presença, estás, ali, subir, escapar, fugir, subir aos céus, fazer a cama no abismo, morar. 

Na antiguidade os povos tinham um entendimento territorial de suas divindades. Cada cidade possuía o seu deus; eles pensavam que dentro dos limites daquele território tal divindade reinava, conhecia e protegia seus fieis.

Mas no Salmo 139 o salmista rompe e desconsidera esse conceito pobre e falido. Ele apresenta um Deus que não está preso a limites territoriais. 

É impossível ausentar-se do Espírito de Deus e fugir de sua face (v. 7). 

A primeira reação do pecador diante da grandeza e da santidade do Deus onisciente é tentar escapar. Esse sentimento de fuga pode ser percebido desde a queda no Éden (Gênesis 3).

1. A Onipresença de Deus no espaço (vs. 8-10) 

Eixo vertical: 

Tanto os mais altos céus como o mais profundo abismo não seriam esconderijos seguros para nos escondermos de Deus (v. 8). 

Eixo horizontal: 

Os confins dos mares não estão fora do alcance da onipresença de Deus (v. 9,10). 

Ele está em todos os lugares!!! 

Nem mesmo as trevas podem nos encobrir de seus olhos, pois para Deus as próprias trevas são como a luz (v. 11,12). 

Deus está perto! Quão longe Deus foi para estar perto de nós. 

A onipresença de Jesus 

Ele está presente em todos os lugares. Ele está presente comigo. 

Aplicação: 

Onisciência e onipresença de Deus

1. Se Deus é onisciente e onipresente, então o caráter moral de Suas criaturas é revelado ao Seu olhar e clara e distintamente conhecido por Ele. 

2. Se Deus é onisciente e onipresente, então o julgamento final será um tempo de revelação plena e completa, bem como um tempo de retribuição justa. As revelações daquele dia nos encherão de alegria ou nos cobrirão de vergonha?  

3. A importância de um interesse em Cristo. 

4. Tente nutrir uma sensação permanente da presença de Deus. 

5. Ore em todos os momentos e em todos os lugares. 

6. Seja consolado em cada momento de dificuldade. 

• Onipotência e Providência de Deus (vs. 13-18) 

Ele pode

Deus é infinito em relação ao seu poder. Não existe nada quanto Deus queira que ele não possa fazer. É fato que existem coisas que Deus não pode fazer, como mentir ou ser imperfeito. Porém, Deus não pode e não quer fazer nada que vá contra as suas perfeições. Ele não pode ser pequeno ou pecar. Porém, ele pode fazer tudo aquilo que ele quer. Nada é difícil ou grande para ele. (Apocalipse 16.7).

Como poderíamos escapar daquele que nos criou e nos formou? Como fugir daquele que formou o nosso interior e nos teceu no ventre de nossa mãe? (v. 13). 

Em vez de pegarmos, tolamente, uma rota de fuga para tentarmos, em vão, escaparmos de Deus, deveríamos dar graças a ele pela forma tão assombrosamente maravilhosa como ele nos formou (v. 14). 

Considere o milagre do corpo humano: a cada segundo, mais de 100.000 reações químicas ocorrem em seu cérebro. Possui 10 bilhões de células nervosas para registrar o que você vê e ouve. Essa informação chega ao seu cérebro por meio do milagre do olho, que possui 100 milhões de células receptoras (bastonetes e cones) em cada olho. Sua retina também possui quatro outras camadas de células nervosas. Ao todo, o sistema faz o equivalente a 10 bilhões de cálculos por segundo antes que uma imagem chegue ao nervo óptico. Assim que chega ao cérebro, o córtex cerebral tem mais de uma dúzia de centros de visão separados para processá-lo. Os dutos lacrimais fornecem um fluido de combate às bactérias para proteger os olhos de infecções. As lágrimas que combatem os irritantes são diferentes das lágrimas da tristeza, que contêm 24% mais proteínas. Isso sem mencionar o milagre do ouvido e como ele traduz as ondas sonoras em fala e sons significativos; ou de tato, gosto e cheiro.

Parte do seu cérebro regula questões voluntárias, como coordenação muscular e processos de pensamento. Outras partes do cérebro controlam processos involuntários, como digestão, secreções glandulares, a taxa em que seu coração bate, etc. Como aconteceu acidentalmente que seu corpo pudesse acelerar sua frequência cardíaca para a velocidade adequada para atender ao aumento da demanda de oxigênio quando você se exercita e diminui a velocidade quando essa necessidade é atendida? Uma polegada quadrada de sua pele tem cerca de 625 glândulas sudoríparas, 19 pés de vasos sanguíneos e 19.000 células sensoriais. Trabalhando em coordenação com seu cérebro, ele mantém seu corpo em uma temperatura constante de 98,6 graus em todas as condições climáticas.

Seu estômago tem 35 milhões de glândulas que secretam a quantidade certa de sucos para permitir que seu corpo digira os alimentos e os converta em energia armazenada para os músculos. Para evitar a digestão, seu estômago produz um novo revestimento a cada três dias. Seu corpo é uma máquina eficiente: andar de bicicleta por uma hora a dezesseis quilômetros por hora requer apenas 350 calorias, o equivalente em energia a apenas três colheres de sopa de gasolina.

Você tem mais de 200 ossos, cada um moldado para sua função, conectados intrinsecamente um ao outro por meio de juntas lubrificadas que não podem ser permeáveis corretamente duplicado pela ciência moderna. Mais de 500 músculos se conectam a esses ossos. Alguns obedecem a comandos intencionais; outros cumprem seu dever em resposta a comandos inconscientes do cérebro. Todos eles trabalham juntos para nos manter vivos. O músculo cardíaco em si bate mais de 103.000 vezes por dia, bombeando suas células sanguíneas a uma distância de 168 milhões de quilômetros.

Junto com isso, seus pulmões respiram automaticamente a quantidade certa de oxigênio vital (cerca de 438 pés cúbicos por dia), que é misturado nas proporções certas (cerca de 20% de oxigênio, 80% de nitrogênio) em nossa atmosfera. Cada um dos outros órgãos vitais e glândulas em seu corpo trabalha em complexa conjunção com os outros para sustentar a vida, que a ciência não pode explicar ou criar.

Eu nem mencionei a complexidade das células humanas. Ouça isto: um único cromossomo humano (molécula de DNA) contém 20 bilhões de bits de informação. Quanto custa isso? Qual seria o seu equivalente, se fosse escrito em um livro impresso comum na linguagem humana moderna? Vinte bilhões de bits equivalem a cerca de três bilhões de letras. Se houver aproximadamente seis letras em uma palavra média, o conteúdo de informação de um cromossomo humano corresponde a cerca de 500 milhões de palavras. Se houver cerca de 300 palavras em uma página comum do tipo impresso, isso corresponde a cerca de dois milhões de páginas. Se um livro típico contém 500 dessas páginas, o conteúdo de informações de um único cromossomo humano corresponde a cerca de 4.000 volumes. “Está claro, então, que a sequência de degraus em nossas escadas de DNA representa uma enorme biblioteca de informações. É igualmente claro que uma biblioteca tão rica é necessária para especificar um objeto tão primorosamente construído e intrincadamente funcionando como um ser humano. ”

Deus não só nos viu quando éramos apenas uma substância informe, mas, também, escreveu no seu livro todos os nossos dias, quando nenhum deles havia ainda (v. 15,16). 

Na sequência do Salmo 139 o salmista fala sobre como o Deus onisciente e onipresente mostra sua onipotência na criação do homem. Ele mostra Deus como um artesão perfeito que constrói sua obra de arte no lugar mais improvável. Deus forma o homem secretamente na escuridão do ventre materno, e ali o enxerga com clareza e perfeição.

Os nossos dias que foram registrados no livro de Deus antes que qualquer um deles existisse. A ideia é a de que o Deus que nos formou minuciosamente também planejou nossos dias até o fim, desde o começo. 

Refletindo sobre a vida humana, certa vez Jó declarou: “Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles” (Jó 14:5).

Diante de algo tão maravilhoso, o salmista não fica ofendido, mas se rende à grandeza de Deus. Se por um lado Deus conhece exaustivamente todos os seus pensamentos, por outro lado o salmista declara não ser capaz de enumerar os preciosos pensamentos de Deus. 

Diante da grandeza insondável de Deus, só nos resta ficarmos extasiados (v. 17), sobretudo, diante da nossa limitação e incapacidade (v. 18).

Tuas obras 

Ele nos fez, ele fez todos os nossos dias. Ele determina tudo e ele conduz todas as coisas. 

A maior obra de todas, o ápice da criação de Deus, não são cometas, universo, o ponto mais assombroso e maravilhoso é você! Ele me fez, me conhecia e decidiu salvar-me. 

VOCÊ FOI PLANEJADO!!! ELE PLANEJOU VOCÊ. ELE DESEJOU VOCÊ! ELE TE VIU LÁ. 

Sabe aquela expectativa que temos de olhar o ultrassom? Deus é o primeiro interessado. Ele nos viu lá. Ele nos conheceu lá! Ele te amou!!! 

A onipotência de Jesus 

• O Deus que nos guia por caminhos eternos (vs. 19-24) 

Ele salva 

Os homens são perversos. Vivemos em um mundo mal. 

Lembro-me de um homem que me questionava sobre o mal no mundo. Como um Deus que sabe tudo, que está em todos os lugares e pode todas as coisas, por que o mal continua? 

Destrói o mal Senhor. Mas, há mal em nós!!  

Todos nascemos com uma disposição para fugir de Deus. 

A não ser que haja uma intervenção do Espírito, iremos para o buraco. O homem é perverso. Mas não apenas os homens, nós o somos, por isso ele diz: sonda-me ó Deus. 

Vê se há em mim caminho mal. Davi sabe que ele não pode ser salvo por si, mas pela graça de Deus. Guia-me! Eu não ando por mim! 

Algumas pessoas não conseguem entender a última parte do Salmo 139. Alguns pensam que essa última parte não se harmoniza com o restante do salmo. Mas é fácil perceber que essa última parte é a única conclusão possível depois de o salmista refletir sobre a grandeza de Deus.

Em primeiro lugar, ele demonstra sua indignação contra aqueles que ousam fazer pouco caso de um Deus tão grande e maravilhoso. Por isto ele declara odiar os ímpios. Aqui é importante entender que não há contradição alguma com o ensinamento de Jesus no Novo Testamento de que temos que amar nossos inimigos. O salmista não está declarando sua ira contra seus próprios inimigos, mas contra os inimigos de Deus.

O ódio que o salmista sente e registra no final do Salmo 139 não está sob a base do egoísmo. Essa santa ira é a reação esperada daqueles que conhecem o verdadeiro Deus e não aceitam que alguém blasfeme dele. No Salmo 139 o salmista não está preocupado com sua própria honra, mas com a honra de Deus. Aqui a cabe o conselho do apóstolo Paulo: “Ireis e não pequeis” (XX).

Mas o salmista também demonstra não ser um hipócrita. Ele não aponta sua indignação apenas contra os ímpios, mas também contra ele mesmo. Ele sabe que no fundo, por sua própria natureza, ele não é melhor do que eles. Por isso ele sente temor diante da santidade de Deus. Então naturalmente ele encerra sua oração com um sincero pedido para que Deus o sonde, o prove, o esquadrinhe, e veja se há nele algo de errado.

O salmista reconhece que nem mesmo ele próprio é capaz de discernir completamente seu coração. Jeremias  escreve que o coração do homem é enganoso (Jeremias 17:9). O salmista temia que algum mal oculto pudesse estar dentro dele. A palavra hebraica traduzida como “mal” é bastante ampla. Ela transmite, inclusive, um sentido de idolatria. Nesse sentido é como se o salmista estivesse dizendo: “Deus, sonda-me e veja se há algo escondido em mim que pecaminosamente possa querer tentar rivalizar com sua grandeza e ofender sua presença”. No final, ele pede: “Dirija-me pelo caminho eterno”.

Aplicações do estudo do Salmo 139

Obviamente são muitas as lições que aprendemos com o estudo do Salmo 139. Aqui citaremos quatro aplicações centrais desse salmo.

Em primeiro lugar, o Salmo 139 nos ensina que é impossível enganar ou passar despercebido pelo Deus onisciente. Ele conheçe cada detalhe e momento de nossa vida; conheçe exaustivamente os nossos pensamentos. Ele sabe mais sobre nós que nós mesmos.

Em segundo lugar, o Salmo 139 nos ensina que é impossível escapar do Deus onipresente. Jonas foi alguém que pensou poder fugir de Deus. Talvez ele tenha pensado que seguindo no sentido contrário ao que lhe foi ordenado, ele conseguiria escapar do Senhor. Ele não poderia estar mais enganado.

Em terceiro lugar, o Salmo 139 nos ensina que é impossível se esconder do Deus onipotente. Ainda no exemplo de Jonas, o profeta não apenas tentou fugir de Deus, mas também tentou se esconder dele. Ele se deitou no porão de um navio no meio do mar, mas o Deus onipresente o encontrou ali. Como alguém poderia se esconder em pleno mar justamente daquele que criou o mar e a terra seca? Quão inútil e sem sentido era o plano de Jonas (Jonas 1:9).

Em quarto lugar, o Salmo 139 nos ensina que é impossível permanecer o mesmo após conhecer o grandioso e verdadeiro Deus; o Santíssimo criador e sustentador de todas as coisas. Se dizemos que conhecemos a Deus, mas não nos indignamos com a rebelião do pecador contra Ele; se aceitamos como algo normal a transgressão de sua Lei; e se vivemos nossas vidas flertando com o pecado, então há algo de muito errado conosco.

Que a oração do salmista no Salmo 139 seja também a nossa mais sincera oração em todos os dias de nossas vidas: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23,24).

Jesus é o caminho para a salvação! Ele é quem nos salva. Deus conhece o nosso mal, por isso enviou aquele que é bom.